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Crítica: Fuller House



Jurassic (world) Park, episódios inéditos de "3 é demais". Certo, se o Oasis resolver fazer uma turnê de reunião, eu terei de acreditar que caí numa fenda temporal de volta aos anos 90.
  
Entre revivals e remakes, o cinema e a televisão parecem comprometidos em explorar a nostalgia nos seus (nem tão) novos projetos. Só na fall season 2015/2016, já "voltaram" Heroes, Arrested Development, Arquivo X e Prison Break, as primeiras séries de toda uma geração de seriadores. E agora chega, através da Netflix, Fuller House, revival de Full House, a cereja mais nostálgica e duvidada desse "bolo" de recomeços. Se a máxima de que a primeira vez a gente nunca esquece é verdadeira, os produtores apostam nessa boa memória de "primeiro seriado" para nos deixar menos interessados em esquecer. 

Conhecida no Brasil como "3 é demais" Full House foi uma série de comédia da BBC dos anos 80/90 criada por Jeff Franklinque entre outras coisas, destacava-se pela sua história simples e protagonismo infantil. A série, que contava a história de um pai pedindo ajuda ao cunhado e um amigo de infância para cuidar de suas três filhas após a morte de sua esposa, foi encerrada sem final em 1995, o que deixou os fãs com um gosto amargo na boca por todos esses anos. Entretanto, a Netflix juntou-se a Jeff Fanklin para corrigir isso, criando Fuller House, um revival que contaria como ficaram os personagens. 

A premissa é exatamente a mesma da sua original, porém, dessa vez, os papéis de invertem: cabe a Kimmy e Stephanie ajudarem D.J, que perdeu o seu marido.

A série é sobre família crescendo com si mesmo, e com outros: Full house foi, Fuller House é. Fórmulas emprestadas da primeira para a segunda vão funcionando e se renovando, como brinca Stephanie com a música do Rei Leão, num ciclo sem fim: pais criam filhos da mesma maneira como foram criados. Nisso as emblemáticas e nostálgicas telas divididas, comparando a nova série com a antiga, encontram a sua outra função (que não encher os olhos dos fãs de lágrimas): mostrar que a história se repete. 

Com suas próprias tramas, personagens e situações incorporadas a formula da série de onde deriva, Fuller House é uma típica sitcom dos anos 90 trazida à nossa época com toda a nostalgia que se possa esperar de um projeto desse porte. Porém, a série consegue ser mais que um spin-off, mais que um revival: é uma homenagem à série original que sabe dosar entre o novo e o velho chegando a ficar, assim como D.J., dividida entre eles. 

Nota:

BOM

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