Saudações Escapistas do meu Brasil!
Eu tenho uma queda por musicais. Contar uma história usando a música como elemento me fascina de uma maneira que não consigo explicar. Acho que basta dizer que três, dos meus cinco filmes favoritos, são musicais. Acredito que o gênero tem uma maneira muito peculiar de desenvolver suas narrativas, fascinando e deslumbrando o telespectador a todo momento, o que acaba exigindo muito daqueles que o fazem. De diretor, a ator. Por isso, foi com muita alegria que recebi a ideia de La La Land - Cantando as estações, antes mesmo do filme ganhar (07) mais globos de ouro (SETE) do que qualquer outro filme (Seven) na história da premiação (siete).
Sinopse: Ao chegar em Los Angeles o pianista de jazz Sebastian (Ryan Gosling) conhece a atriz iniciante Mia (Emma Stone) e os dois se apaixonam perdidamente. Em busca de oportunidades para suas carreiras na competitiva cidade, os jovens tentam fazer o relacionamento amoroso dar certo enquanto perseguem fama e sucesso.
Eu sei, eu sei. Após ler a sinopse parece até que La La Land é só mais um musical que tenta referenciar a era de ouro de Holywood, contando a história de um músico para justificar os números de dança e as cantorias... e é exatamente isso que o filme é: um clássico dos dias de hoje.
Com um roteiro simples, o filme chama atenção pelo seu escapismo incrível e, alguém há de problematizar, irrealista. Mas o tratamento dado pela narrativa é de um caráter totalmente de espetáculo, o que é muito cativante de se assistir. Não há em momento algum o esquecimento de que é isso que o La La Land é: Luzes, cores, dança, cenários. Tudo parece feito na medida para impressionar. E com a mão pesada de Damien Chazelle, La La Land é muito feliz nesse sentido.
Não há como negar que Damien Chazelle fez um ótimo trabalho com La La Land. O filme é muito bem dirigido, com aquela pontualidade que os filmes bem dirigidos possuem. As referências que o diretor, de forma bastante sutil, insere são uma homenagem muito interessante a Hollywood e encaixam muitissimo bem com a temática. Sem falar da piada interna para quem gosta de musicais.
O filme tem alguns problemas, claro. A narrativa acaba se atropelando um pouco na sede em se desenvolver e algumas tramas fundamentais recebem o tratamento de subtramas. Isso incomoda um pouco, pois leva a uma ausência de coadjuvantes que possam descansar o tempo de tela dos protagonistas e aliviar um pouco a pressão que a trama sofre. Tudo é muito corrido. No entanto, Ryan Gosling e Emma Stone justificam essa confiança.
O casal principal consegue exercer um magnetismo incrível que não só encanta, como carrega o filme, fazendo com que o roteiro, que visava mostrar as dificuldades de se tornar um astro em Hollywood e o que se perde com isso, foque nesse relacionamento porque ele funciona muito bem em tela.
Fazendo uma declaração de amor ao gênero musical, Damien Chazelle escreve um filme referencial que não tem medo de perder a sua originalidade para os gigantes ao qual homenageia. É um filme leve, divertido, apaixonante, encantador. Que homenageia com leves pitadas de crítica os sonhadores holywoodianos. Creio que toda as críticas, na internet e fora dela, tenham dito isso mas La La Land é um filme musical que vai encantar até quem não gosta de musicais.
NOTA:
Confira o trailer:
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